Nesta terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão autorizou mandados de busca e apreensão contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
O motivo foram indícios de operar uma verdadeira organização criminosa no governo do Estado para fraudar e superfaturar ações de combate ao Covid-19.
De acordo com a Procuradoria-Geral e a Polícia Federal “há robustos elementos de prova“, tanto que a PF chegou a pedir a prisão do governador.
O pedido, contudo, não foi acatado pelo ministro Francisco Falcão. Para a decisão, ele explicou que “não se justifica a imprescindibilidade da decretação da extraordinária medida cautelar de privação de liberdade do chefe do Executivo estadual ao menos neste momento”.
Mas, o magistrado do STJ autorizou as prisões temporárias de oito pessoas:
- Simone Araujo de Oliveira Papaiz – secretária de saúde
- João Paulo Marques dos Santos – ex secretário de saúde
- Perseverando da Trindade Garcia Filho – ex secretário executivo adjunto de saúde
- Alcineide Figueiredo Pinheiro – ex gerente de compras da secretaria de saúde
- Fábio José Antunes Passos
- Cristiano da Silva Cordeiro
- Luciane Zuffo Vargas de Andrade
- Renata de Cássia Dias Mansur Silva – sócios e representantes de empresas investigadas.
Segundo a Procuradoria-Geral, os fatos “apontam…sobrepreço e superfaturamento na contratação de 28 respiradores, lavagem de dinheiro, montagem de processos de adulteração de documentos, com finalidade de encobrir os crimes praticados”.
A assessoria do governo do Amazonas informou que Wilson Lima está cumprindo agenda em Brasília e que retornará a Manaus. Mas que de qualquer modo “aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação para, posteriormente, se pronunciar sobre a ação”.